As
discussões sobre a pauta da Campanha Salarial 2013 dos trabalhadores
em educação da rede municipal de Ilhéus continuam e uma nova
assembleia da categoria será realizada na próxima semana para
deliberar sobre os assuntos que serão debatidos na audiência entre
a APPI-APLB Sindicato e o Governo Municipal. A audiência entre
governo e sindicato estava marcada para a tarde de terça-feira (02),
mas por conta de outro compromisso assumido pelo secretário
municipal de Administração, Ricardo Machado, a reunião foi adiada.
Por conta disso a categoria deliberou, em assembleia realizada na
manhã desta quarta-feira(03), no auditório do IME-Centro, por
realizar um novo encontro dos trabalhadores para avaliar as propostas
que serão apresentadas pelo governo municipal.
Durante
a assembleia a presidente da APPI/APLB-Sindicato, Enilda Mendonça,
adiantou que já foram discutidos itens importantes da pauta de
reivindicações da Campanha Salarial 2013, como a questão do número
máximo de alunos por turmas e também os vales-transportes. Na
próxima reunião serão discutidos temas como a melhoria das
condições de trabalho e o reajuste salarial dos professores e
também dos demais trabalhadores em educação. A expectativa da
categoria é que agora o governo municipal dê mais celeridades às
discussões, cumprindo a legislação e assegurando os direitos dos
trabalhadores em educação.
Ainda
durante a assembleia desta quarta-feira, os trabalhadores em educação
elegeram os novos membros do Conselho Municipal de Educação e
também do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb). Outro ponto
discutido pela categoria foi a aprovação do projeto de Lei
Complementar 001/2013, de autoria do prefeito Jabes Ribeiro, que
acaba com o regime CLT dos servidores públicos municipais e institui
o regime estatutário, uma proposta que traz sérios prejuízos para
mais de quatro mil trabalhadores que, a partir de agora, ficarão,
pelo menos nos próximos 180 dias, sem nenhuma legislação que possa
assegurar seus direitos. O projeto foi aprovado pela Câmara de
Vereadores e já foi sancionado pelo prefeito.
De
acordo com Enilda Mendonça, o projeto de lei 001/2013, que institui
o regime estatutário para os servidores municipais, sem que eles
tenham nem mesmo um estatuto, é uma aberração. “Como poderemos
submeter os servidores a um regime que sequer encontra-se
disciplinado, regulamentado?”, questionou a líder sindical. A
presidente da APPI explicou que, se era da vontade do executivo
discutir com a representação dos servidores a alteração do regime
e instituir uma comissão especialmente para este fim, então que
fizesse antes da aprovação do projeto, para que os estudos
avançassem e se a comissão entendesse pela viabilidade da mudança
do regime, seria então elaborado um projeto de lei e enviado à
Câmara para ser discutido e votado.
RPV
- A presidente da APPI também alertou os trabalhadores em educação
para um projeto de autoria do Poder Executivo que já está
tramitando na Câmara Municipal que reduz a Requisição de Pequeno
Valor (RPV) de 30 salários mínimos para apenas 10 salários.
Segundo Enilda Mendonça, se o projeto for aprovado, será mais um
duro golpe do Governo Municipal contra os servidores públicos. A
presidente da APPI já solicitou espaço na Câmara de Vereadores,
antes da aprovação do projeto, para discutir o assunto com os
segmentos ligados aos trabalhadores. Também será feita uma ampla
mobilização dos trabalhadores para que acompanhem todo o processo
de votação do projeto da RPV, para que os servidores públicos
municipais possam observar os vereadores que estarão votando contra
os interesses das categorias.
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